Revista Estudos Feministas, 10(2), 483-492. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2002000200016 [citado 31 de enero de 2021] Disponible en: https://books.google.com. Nesses locais, a maioria das escolas de medicina trabalha com o modelo intervencionista, valorizando a tecnologia, os exames sofisticados e os procedimentos cirúrgicos, enquanto os cuidados com foco na mulher para realização e estimulação do parto normal e a interação com a parturiente recebem pouca atenção. (2002). Um dos países mais envolvidos com essa temática na América Latina é a Venezuela, onde foi promulgada a lei intitulada “Ley Orgánica sobre el Derecho de las Mujeres a una Vida Libre de Violencia” (Venezuela, 2007), que defende os direitos das mulheres e estabelece 19 formas de violência dentro das quais se encontra a violência obstétrica. In Cadernos Humaniza SUS - Volume 4: Humanização do parto e nascimento (pp. Dias, M. A., Domingues, R. M., Pereira, A. P., Fonseca, S. C., Gama, S. G., Theme, M. M. et al. Disponible: https://www.sciencedirect.com/ science/article/abs/pii/ S1130862114001454#! O modelo obstétrico e neonatal que defendemos e com o qual trabalhamos. 8va edición. Nesse sentido, quando revisada a literatura, não se encontra uma definição única para a violência obstétrica. Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual.Cadernos de Saúde Pública,30(Supl. Baixe no formato PDF, TXT ou leia online no Scribd. (2014). ). (2009). D´Oliveira, A. F. P. L., Diniz, C. S. G., & Schraiber, L. B. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00151513 Outros autores (Sanfelice et al., 2014Sanfelice, C., Abbud, F., Pregnolatto, O., Silva, M., & Shimo, A. A realidade brasileira é caracterizada por um atendimento com abuso de intervenções cirúrgicas, muitas vezes humilhante, em que há falta de informação às mulheres e até a negação ao direito ao acompanhante, o que é considerado um desrespeito aos direitos reprodutivos e sexuais das mulheres, além de uma violação dos direitos humanos (Diniz & Chacham, 2006; Leal et al., 2014; Pasche et al., 2010Pasche, D. F., Vilela, M. E. A., & Martins, C. P. (2010). B. M. C. (2014). 1), S17-S32. 2017 Feb [citado: 18 de enero del 2020]; 21(2): 169-173. (2014). progruda.com. Brasília, DF: UECE/Ministério da Saúde.). & Barbosa, R. (2012). Torres M, Vega E, Vinalay I, Cortaza L, Alfonso L. Factores de riesgo psicosociales asociados a preeclampsia en mujeres mexicanas: análisis comparado en tres Estados. script=sci_arttext&pid= S230451322014 000400007&lng=es, MSP. Do parto institucionalizado ao parto domiciliar. O “corte por cima” e o “corte por baixo”: o abuso de cesáreas e episiotomias em São Paulo. Tese de Doutorado, Programa de Pós-graduação em Medicina Preventiva, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, SP. Desarrollo Psicologico Craig. Segundo Diniz e Chacham (2006Diniz, S. G. & Chacham, A. S. (2006). Além disso, muitas dessas práticas são associadas a risco de complicações, são dolorosas e seu uso é considerado desnecessário, como é o caso da episiotomia (Leal et al., 2014; Ministério da Saúde, 2001, 2014; Pasche, Vilela, & Martins, 2010Pasche, D. F., Vilela, M. E. A., & Martins, C. P. (2010). Lancet, 359(11), 1681-1685. doi:10.1016/S0140-6736(02)08592-6. Estadísticas. Por essas razões, vários obstetras foram se sentindo pouco preparados para acompanhar o parto, e essas situações viraram uma cultura pró-cesárea na população em geral e entre os médicos (Ministério da Saúde, 2001). http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v4i4.8... Habana: Ministerio de Salud Pública de Cuba. Monitorización de los signos vitales (6680). Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 13(1), 595-602. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832009000500011 Trajetória das mulheres na definição pelo parto cesáreo: estudo de caso em duas unidades do sistema de saúde suplementar do estado do Rio de Janeiro.Ciência & Saúde Coletiva,13(5), 1521-1534. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232008000500017, Stay informed of issues for this journal through your RSS reader, Resumo Tornquist, C. S. (2002). Esses significados favorecem as condições de existência e perpetuação desse tipo de violência que, por sua vez, não deve ser compreendida apenas como reflexo das precárias condições de trabalho dos profissionais. Violência consentida: mulheres em trabalho de parto e parto. Violência consentida: mulheres em trabalho de parto e parto. Sendo assim, neste artigo temos como objetivo realizar uma revisão narrativa dos estudos sobre violência obstétrica, compilando as principais produções da área que evidenciam situações nas quais esses processos não são cumpridos, revelando os maus tratos e a não garantia de acesso pelas parturientes aos seus direitos no sistema de saúde brasileiro. Além disso, esse contexto também é composto pelas altas taxas de intervenções empregadas na atenção ao parto e ao nascimento. O modelo obstétrico e neonatal que defendemos e com o qual trabalhamos. No Brasil, procedimentos como a episiotomia, corte que envolve vários tecidos importantes do aparelho reprodutor feminino responsáveis pela contenção urinária e fecal, são realizados sem o consentimento da paciente, que não é informada dos riscos nem da necessidade ou efeitos adversos. 2019 [citado: 21 de enero del 2020] ;(4) 114-124. O Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento do Ministério da Saúde no Brasil: resultados iniciais. LIBRO Desarrollo Humano. D´Oliveira, A. F. P. L., Diniz, C. S. G., & Schraiber, L. B. Diniz, S. G. (2009). Enferm. Revista Tempus Actas Saúde Coletiva, 4(4), 105-117. http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v4i4.838 Problematizando o atendimento ao parto: cuidado ou violência? Rev. Download Free PDF View PDF. (2014). http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012... (2012). Revista de Obstetricia y Ginecología de Venezuela , 73(3),171-180. ginecol. [Resumo]. O “corte por cima” e o “corte por baixo”: o abuso de cesáreas e episiotomias em São Paulo. In Cadernos Humaniza SUS - Volume 4: Humanização do parto e nascimento (pp. Faneite, J., Feo, A., & Toro, J. ). 1), S17-S32. Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual.Cadernos de Saúde Pública,30(Supl. Além disso, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lançaram medidas de incentivo ao parto natural, dentre eles um projeto piloto que está sendo implantado em 23 hospitais privados e cinco maternidades do SUS, com taxas de cesarianas superiores a 88% e 60%, respectivamente. Download. Rev. Gênero, saúde materna e o paradoxo perinatal. Download Free PDF View PDF. (2002). Chris N. Continue Reading. (2002). Universidad Nacional de Chimborazo. Pode-se destacar o apoio institucional como determinante e essencial para produzir mudanças nas equipes de saúde, contribuindo para modificação tanto das relações como corresponsabilizando os profissionais para mudanças nas práticas de cuidado e atenção a gestantes e puérperas. ; Sanfelice, Abbud, Pregnolatto, Silva, & Shimo, 2014Sanfelice, C., Abbud, F., Pregnolatto, O., Silva, M., & Shimo, A. 133-154). Aguiar, J. M. (2010). Do parto institucionalizado ao parto domiciliar. script=sci_arttext&pid=S 1695-614120190001 00010&lng=es. Lancet, 359(11), 1681-1685. doi:10.1016/S0140-6736(02)08592-6 https://doi.org/10.1016/S0140-6736(02)08... Disponible en:http://www.scielo.org.co/ scielo.php?script=sci _arttext&pid=S2216-0973 2017000201561&lng=en. Los datos apuntan a la necesidad de una conceptualización de la violencia obstétrica, preferiblemente en documentos legales que la definan y la criminalicen. Nesse sentido, esforços institucionais têm sido empreendidos pelo Ministério da Saúde no sentido de melhorar a assistência obstétrica e neonatal em todo o país, assim como na melhoria das condições de vida das mulheres, através da incorporação da perspectiva de gênero nas análises epidemiológicas e no planejamento das ações em saúde (Ministério da Saúde, 2014). Além disso, a violência obstétrica compreende o uso excessivo de medicamentos e intervenções no parto, assim como a realização de práticas consideradas desagradáveis e muitas vezes dolorosas, não baseadas em evidências científicas. (2002). O modelo obstétrico e neonatal que defendemos e com o qual trabalhamos. We consider the changes in the current care practices compulsory, aiming to reduce unnecessary interventions and violations of women’s rights. São Paulo: Fundação Perseu Abramo. Além disso, as intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e o parto são consideradas excessivas, visto os resultados da pesquisa Nascer no Brasil que apontaram que apenas 5,6% das parturientes de risco habitual, 3,2% das primíparas desse grupo e 5% da amostra total estudada deram à luz de forma natural, sem sofrer qualquer tipo de intervenção na fisiologia do trabalho de parto (Leal et al., 2014Leal, M. C., Pereira, A. P., Domingues, R. M., Theme, M. M., Dias, M. A., Nakamura-Pereira, M et al. 2018 [citado: 21 de enero del 2020]; 64(3): 399-404. http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v4i4.8... Além disso, reforçamos as recomendações já divulgadas pelas OMS (2014) quanto à necessidade de produzir pesquisas e dados sobre as práticas desrespeitosas, assim como as boas práticas na assistência à saúde nesse âmbito. 1º As redes temáticas de atenção às saúde, as redes de serviço de saúde e as redes de … Acolhimento e vinculação: diretrizes para acesso e qualidade do cuidado perinatal. Nápoles D. Nuevas interpretaciones en la clasificación y el diagnóstico de la preeclampsia. 2019 [citado: 21 de enero del 2020]; Elsevier España. As usuárias acabam se adaptando ao ambiente no qual vão ter seu filho e muitas vezes, para evitar a dor e sair rapidamente daquele local, cedem a intervenções desnecessárias que podem ser perigosas ou prejudiciais para sua saúde. http://www.scielo.org.ve/scielo.php?scri... Disponible en:  https://www.google.com/url ?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&so urce=web&cd=&cad=rja&ua ct=8&ved=2ahUKEwjc6f6nm qPuAhVEmuAK HU7GBnYQ FjAAegQIAxAC&url =http%3A%2F%2 Frepositorio.unemi.edu. Figueredo, V. O. 1), S17-S32. Download. Analisando também o conceito de violência obstétrica, através da revisão de estudos e marcos legais referentes à temática, bem como o atual panorama brasileiro das práticas de saúde na atenção à saúde na gestação e no parto, destacando a epidemia de cesarianas. Especificamente em relação à qualificação das maternidades no contexto da rede materna e infantil, é preciso avançar ainda mais, buscando construir um conjunto de estratégias para alcançarem as ações propostas pela Rede Cegonha. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832009... In Cadernos Humaniza SUS - Volume 4: Humanização do parto e nascimento (pp. Univ. (2014). Causas de hemorragia. Violencia obstétrica: percepción de las usuarias. Palabras clave:contra la mujer; parto; asistencia médica; humanización de la asistenci; derechos reproductivos. Violence against women in health care institutions: an emerging problem. Revista Universidad Vol. (2014). Rev. Camones J. Cuidados de Enfermería en pacientes con preeclampsia. Saúde e Sociedade, 17(3), 138-151. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902008000300014 1), S17-S32. Plan de cuidados a paciente intervenida de cesárea con preeclampsia. Download. La enfermedad por coronavirus de 2019, [3] más conocida como COVID-19, covid-19 [nota 1] o covid, e incorrectamente llamada neumonía por coronavirus, coronavirus [nota 2] o corona, es una enfermedad infecciosa causada por el SARS-CoV-2. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00151... Essa situação pode levá-las a se conformarem com a exploração de seus corpos por diferentes pessoas, aceitando diversas situações incômodas sem reclamar. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012... Brasília, DF: UECE/Ministério da Saúde. Endereço para correspondência: Av. In. Figuras (11) Mostrar más Mostrar menos. Grado de conocimiento de violencia obstétrica por el personal de salud. 155-170). World Health Organization - WHO. ). Disponible en: http://scielo.sld.cu/ scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S102930 192017000200006 &lng=es. (2014). ). (2014). bvsalud.org/portal/ resource/pt/biblio-996342, Zurro A. Atención Primaria. Download Free PDF. Nesse sentido, a cesárea se tornou uma solução mais prática e rápida, na qual a mulher não permanece por tanto tempo em trabalho de parto no hospital e, através da medicalização, o tempo da dor é mais curto e o procedimento mais “limpo” (Leal et al., 2014Leal, M. C., Pereira, A. P., Domingues, R. M., Theme, M. M., Dias, M. A., Nakamura-Pereira, M et al. 2019 Octubre; [citado: 18 de enero del 2020]; 1(1): p. 12. [citado 31 de enero de 2021; Disponible: http://repositorio.utmachala. Portaria de ConsolidaÇÃo nº 3, de 28 de Setembro de 2017. php?script=sci_arttext&pid =S1029-301920160 00400013&lng=es. Epidemiología de la prematuridad, sus determinantes y prevención del parto prematuro. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902008... Essas práticas podem ter consequências adversas para a mãe e para o bebê, principalmente por se tratar de um momento de grande vulnerabilidade para a mulher. Problematizando o atendimento ao parto: cuidado ou violência? Universidad Técnica de Machala. E-mail: Text Humanização da atenção ao parto e nascimento no Brasil: pressuposto para uma nova ética na gestão e no cuidado. Os efeitos indesejados das intervenções podem gerar novas intervenções (uso de substâncias para induzir o parto, rompimento de membrana, episiotomia) - chamada “cascata de intervenções” -, o que pode aumentar as chances e atratividade de escolher pela cesárea (Diniz & Chacham, 2006Diniz, S. G. & Chacham, A. S. (2006). Violência consentida: mulheres em trabalho de parto e parto. Trajetória das mulheres na definição pelo parto cesáreo: estudo de caso em duas unidades do sistema de saúde suplementar do estado do Rio de Janeiro.Ciência & Saúde Coletiva,13(5), 1521-1534. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232008000500017 Saúde Pública, 20(5),1281-1289. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2004000500022 Rev. Segundo pesquisa realizada por Aguiar (2010Aguiar, J. M. (2010). Circuito eléctrico: Es el flujo de electrones o cargas dentro de un circuito eléctrico cerrado y se clasifica en continua-directa y alterna[]. Humanização da atenção ao parto e nascimento no Brasil: pressuposto para uma nova ética na gestão e no cuidado. Segundo a OMS (2014), gestantes do mundo todo sofrem abusos, desrespeito, negligência e maus-tratos durante o parto nas instituições de saúde. ; Ministério da Saúde, 2014). Disponible en: https://revistas.um. Grado de conocimiento de violencia obstétrica por el personal de salud. A. et al. In Cadernos Humaniza SUS: Volume 4 - Humanização do parto e nascimento (pp. Após a revisão das pesquisas realizadas sobre o assunto, constatou-se que não há um consenso em relação ao conceito de violência obstétrica no Brasil, embora as evidências indiquem que essa prática ocorra. Saúde e Sociedade, 17(3), 138-151. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902008000300014. Disponible en: https:// www.unicef.org/ media/62486/file/ Estado-mundial -de-la-infancia- 2019.pdf, Carmona A, Escano F. Práctica enfermera en Unidades de Cuidados Intensivos Maternales. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832009... http://dx.doi.org/ 10.15649/cuidarte .v8i2.374. Grado de conocimiento de violencia obstétrica por el personal de salud. Cient Esc. Tese de Doutorado, Programa de Pós-graduação em Medicina Preventiva, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, SP. A mudança mais recente nessa direção foi a aprovação da Resolução n. 2.144/2016 do Conselho Federal de Medicina - CFM, que resolve que cesariana a pedido da gestante, nas situações de risco habitual, somente poderá ser realizada a partir da 39ª semana de gestação, visando a garantir a segurança do feto. O parto passa a integrar um modelo centralizado na figura do médico e que exclui outros profissionais da saúde, como enfermeiras, que por formação estariam habilitadas para atender o parto normal (Sanfelice et al., 2014Sanfelice, C., Abbud, F., Pregnolatto, O., Silva, M., & Shimo, A. ; Wolff & Waldow, 2008Wolff, L. & Waldow, V. (2008). Nesse sentido, destaca-se a necessidade de uma conceituação de violência obstétrica (inclusive em termos de descritores), preferencialmente em documentos legais que a definam e a criminalizem, fato que auxiliará na identificação e enfrentamento dessas situações. Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual.Cadernos de Saúde Pública,30(Supl. Além disso, haveria ainda o medo de represália ou a dificuldade de lidar com membros da própria equipe de saúde que tenham divergências em relação a uma perspectiva alternativa ao modelo centrado no médico (Sanfelice et al., 2014Sanfelice, C., Abbud, F., Pregnolatto, O., Silva, M., & Shimo, A. Dessa forma, seus direitos e autonomia são minimizados e a violência não pode ser denunciada ou mesmo criminalizada. In Cadernos Humaniza SUS: Volume 4 - Humanização do parto e nascimento (pp. chil. Jones Correa. Humanização da atenção ao parto e nascimento no Brasil: pressuposto para uma nova ética na gestão e no cuidado. (2010). Visando discutir e propor mudanças a esse modelo, já no final da década de 1980, surgiu o movimento social pela humanização do parto e do nascimento (Tornquist, 2002Tornquist, C. S. (2002). ) perpassam a questão da transformação do parto em um momento patológico, que necessita de hospitalização e intervenções médicas, deixando de ser visto como um evento natural, existencial e social, vinculado à sexualidade da mulher e à família. ). Palavras-chave:violência contra a mulher; parto; assistência médica; humanização da assistência; direitos reprodutivos. Humanização da atenção ao parto e nascimento no Brasil: pressuposto para uma nova ética na gestão e no cuidado. Apoio institucional: tecnologia inovadora para fortalecer a rede perinatal a partir do dispositivo acolhimento e classificação de risco. Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual. Venturi, G., Recamán, M., & Oliveira, S. conicyt.cl/ scielo.php?script=sci_arttext& pid=S0034-9887201400 0200004&lng=es http://dx.doi. El nacimiento en Cuba: análisis de la experiencia del parto medicalizado desde una perspectiva antropológica.Revista Cubana de Salud Pública, 39(4), 718-732. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000700029 (2012). Tese de Doutorado, Programa de Pós-graduação em Medicina Preventiva, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, SP. Download Free PDF View PDF. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832009... De acordo com García, Diaz e Acosta (2013García, D., Díaz, Z., & Acosta, M. (2013). Para os profissionais entrevistados, a violência está mais relacionada com uma agressão física ou sexual, mas não com suas práticas diárias ou sua experiência na sala de parto (Aguiar, 2010). 2019 [citado 31 de enero de 2021] ; Disponible en:           https://revistamedica.com/proceso-de-atencion-de-Enfermería-preeclampsia/, Bejarano D. Alarcón D. Intervenciones de Enfermería en gestantes con preeclampsia. [Resumo]. 2016 Apr [citado 31 de enero de 2021] ; 50( 2 ): 324-334. Além disso, as intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e o parto são consideradas excessivas, visto os resultados da pesquisa Nascer no Brasil que apontaram que apenas 5,6% das parturientes de risco habitual, 3,2% das primíparas desse grupo e 5% da amostra total estudada deram à luz de forma natural, sem sofrer qualquer tipo de intervenção na fisiologia … 2018 Sep [citado: 18 de enero de 2021]; 15(3): 226-243. cecilia barroso oliveira. RECIMUNDO, 2020 [citado: 21 de enero del 2020]. ). Revista de Obstetricia y Ginecología de Venezuela, 72(1), 4-12. ; García, Diaz, & Acosta, 2013García, D., Díaz, Z., & Acosta, M. (2013). Diniz, C. S. G. (2005). ginecol. Humanização na atenção a nascimentos e partos: breve referencial teórico. Também os conceitos de acolhimento e vinculação são centrais para a construção de um novo referencial na atenção à gestante e ao recém-nascido no Brasil e contrapõem-se ao arranjo contemporâneo da atenção obstétrica e neonatal no mundo e no Brasil, compostas pela institucionalização e intensa medicalização do parto e nascimento. Em relação ao uso de procedimentos durante o trabalho de parto, uma das justificativas para seu uso seria a aceleração do processo e a liberação de leitos (Diniz & Chacham, 2006). Brasília, DF: UECE/Ministério da Saúde. Humanização na atenção a nascimentos e partos: breve referencial teórico. MEDISAN. apontam a necessidade de profundas transformações na assistência obstétrica no Brasil, visando à prevenção de cesáreas e episiotomias desnecessárias e a promoção do parto vaginal normal, sem intervenções. Loidi J. A coleta, documentação e publicação desses dados são essenciais para melhoria de práticas, tornando os sistemas de saúde responsáveis pela forma como as mulheres são tratadas e por desenvolverem e implementarem políticas claras quanto aos direitos e normas éticas envolvidas nesse cuidado, assim como ampla divulgação de práticas respeitosas a serem seguidas. Questões de saúde reprodutiva, 1(1), 80-91. ) 2019 [citado 2021 Feb 01]; 18:304-345. Mendoza Tascón LA, Claros Benítez DI, Mendoza Tascón LI, Arias Guatibonza MD, Peñaranda Ospina CB. Violence against women in health care institutions: an emerging problem. 2014 [citado: 21 de enero del 2020]; 142(2): 168-174. Orono. Revista Tempus Actas Saúde Coletiva, 4(4), 105-117. http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v4i4.838 Craig - Desarrollo Psicológico (1) Ana Guido. Keywords:violence against women; labor; medical care; care humanization; reproductive rights. B. M. C. (2014). 2009 Jun [citado 31 de enero de 2021] ( 125 ). O “corte por cima” e o “corte por baixo”: o abuso de cesáreas e episiotomias em São Paulo. Desar del niño J L Meece. Concomitante a esse fato, ocorreu um aumento do uso de tecnologias com o objetivo de “iniciar, intensificar, regular e monitorar o parto, tudo para torná-lo ‘mais normal’ e obter ganhos para a saúde da mãe e do bebê” (Diniz & Chacham, 2006Diniz, S. G. & Chacham, A. S. (2006). Outro fator apontado na escolha pelas cesáreas seria a preocupação de preservar a genitália feminina. Report of a technical working group. Download Free PDF. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00151... Questões de saúde reprodutiva, 1(1), 80-91. Vargas V. La preeclampsia un problema de salud pública mundial. http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v4i4.8... As críticas de estudos na área (Andrade & Aggio, 2014Andrade, M. A. C. & Lima, J. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00151... Relacsis. Andrade, B. P. & Aggio, C. M. (2014, maio). Sistema Andaluz de Bibliotecas y Centros de DocumentaciónEn el siguiente enlace, se recopilan todas las indexaciones de la revista Ocronos, Suscripción gratuita para recibir información sobre novedades, descuentos y ventajas solo para suscriptores:Quiero recibir el Boletín de Novedades Ocronos, Noticias de SaludEnviar noticias de Salud, Aviso legal - ​(​​Revista OCRONOS ISSN 2603-8358 - depósito legal: ​​CA-27-2019) - Comité Editorial, Copyright © 2023 Editorial Científico-Técnica OCRONOS, Manejo de Enfermería en Pacientes con Preeclampsia: Revisión Sistemática, Quiero recibir el Boletín de Novedades Ocronos, Solicitar artículo completo en formato PDF, Solicitar versión impresa de revista, certificado de autor o artículo completo, Determinar según la bibliografía la prevalencia y factores de riesgo de la preeclampsia en el embarazo y posparto. Para que essas mudanças aconteçam, é importante que haja a demarcação do conceito de violência obstétrica e assim se esclareça à população sobre o assunto, sendo possível reconhecer esse fenômeno e denunciá-lo. Incluem condutas como mentir para a paciente quanto a sua condição de saúde para induzir cesariana eletiva ou de não informar a paciente sobre a sua situação de saúde e procedimentos necessários. http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v4i4.8... 19-46). Porém, apesar da disseminação dessas experiências, a OMS aponta que “atualmente não há consenso internacional sobre como esses problemas podem ser cientificamente definidos e medidos. Atención del parto de cesárea. 2. Related Papers. Muniz, B. Rev Medica. Brasília, DF: UECE/Ministério da Saúde.). A violência obstétrica também se relaciona com a escolha das mulheres pela cesárea. Nesse sentido, desde abril de 2015 algumas disposições têm sido propostas na tentativa de modificar esse cenário, com o lançamento dos documentos do Ministério da Saúde “Diretrizes de Atenção à Gestante: operação cesariana” e “Diretrizes de Atenção à Gestante: o parto normal”, que visam a qualificar a atenção e garantir a decisão pela via de parto de forma informada, levando em consideração os riscos e ganhos à saúde, de forma compartilhada entre a gestante e a equipe. Diniz, S. G. & Chacham, A. S. (2006). ), através da pesquisa “A mulher brasileira nos espaços público e privado”, mostraram que 25% das mulheres entrevistadas relataram ter sofrido algum tipo de violência nos serviços de saúde durante a atenção ao parto, tanto públicos quanto privados. Violência consentida: mulheres em trabalho de parto e parto. Revista de Obstetricia y Ginecología de Venezuela , 73(3),171-180. 2018 [citado: 21 de enero del 2020]; 64 (2): 191-196. A medida assegura o direito da mulher de optar pela cesariana, garantindo sua autonomia, desde que a gestante tenha recebido todas as informações referentes ao parto vaginal e à cesariana, incluindo seus benefícios e riscos. In. Ayuda con los autocuidados: vestir/arreglo personal (1802). Humanização na atenção a nascimentos e partos: breve referencial teórico. Milagro: 2018 [citado: 21 de enero del 2021]. Do parto institucionalizado ao parto domiciliar. Muniz, B. 1), S17-S32. No modelo atual de atenção ao parto no Brasil, a atuação dos profissionais de saúde não está baseada em evidências e estaria atrelada ao desconhecimento e a uma crença dos profissionais de que a experiência profissional valeria mais do que a produção científica atual da área obstétrica (Diniz & Chacham, 2006Diniz, S. G. & Chacham, A. S. (2006). USP.2016 [citado: 21 de enero del 2020]; 50(2): 324-334. Chile. (2014). (1996b). Dessa forma, a violência obstétrica é considerada uma violação dos direitos das mulheres grávidas em processo de parto, que inclui perda da autonomia e decisão sobre seus corpos. El Colegio Americano de Obstetras y ginecólogos ha publicado un Consenso sobre la Hemorragia Obstétrica, referido principalmente a la hemorragia posparto'", Se considera en el escrito que la hemorragia obstétrica es la complicación severa más común del parto y la que tendría la mayor posibilidad de prevención en la mortalidad materna. obstet. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232005... O descaso e o desrespeito com as gestantes na assistência ao parto, tanto no setor público quanto no setor privado de saúde, têm sido cada vez mais divulgados pela imprensa e pelas redes sociais por meio de relatos de mulheres que se sentiram violentadas. Disponible en: http://www.scielo.org.pe/ scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S2304513220 18000200006&lng=es DOI: http://dx.doi.org/ https://doi.org/10. 133-154). Por isso, mudanças nas práticas assistenciais vigentes devem ser feitas para reduzir as intervenções desnecessárias. Disponible en: http://www.scielo.org.pe/ scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S2304-5132 2018000300013& lng=es. Essa realidade é cotidiana e cruel e revela uma grave violação dos direitos humanos e direitos das mulheres (Muniz & Barbosa, 2012Muniz, B. En México, el estatus legal del aborto inducido depende tanto del marco normativo federal como del local.A diferencia de lo que sucede en otros países en América Latina, también con regímenes federales (como Argentina, Venezuela o Brasil), la Constitución Política de los Estados Unidos Mexicanos otorga autonomía a cada una de las 32 entidades federativas que … Ideologías y prácticas de género en la atención sanitaria del embarazo, parto y puerperio: el caso del área 12 de la Comunidad de Madrid. Acesso em 02 de agosto, 2016, em Acesso em 02 de agosto, 2016, em http://www.scielo.org.ve/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0048-77322013000300004. script=sci_arttext &pid=S07177526201200 0600013&lng=es DOI: http://dx.doi.org/ 10.4067/S0717-75262 012000 600013. Gênero, saúde materna e o paradoxo perinatal. 1. méd. No mesmo sentido, Venturini e colaboradores (2010Venturi, G., Recamán, M., & Oliveira, S. Consolidação das normas sobre as redes do Sistema Único de Saúde. García, D., Díaz, Z., & Acosta, M. (2013). script=sci_arttext&pid =S0080-623420160002003 24&lng=en. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, 19(2), 313-326. Revista Estudos Feministas, 10(2), 483-492. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2002000200016. Andrade, M. A. C. & Lima, J. Brasília, DF: UECE/ Ministério da Saúde.). (2014). Violência consentida: mulheres em trabalho de parto e parto. Esse estudo nacional de base hospitalar, composto por puérperas e seus recém-nascidos das diferentes regiões do país, revelou que, da amostra total da pesquisa de 23.940 mulheres, 56,8% foram consideradas como casos de risco obstétrico habitual, ou seja, sem condições de saúde que indicassem o uso de procedimentos e intervenção cirúrgica. Este artigo teve como objetivo realizar uma revisão narrativa de estudos sobre violência obstétrica. O modelo obstétrico e neonatal que defendemos e com o qual trabalhamos. Nesse sentido, ela faz parte da violência institucional, exercida pelos serviços de saúde, e se caracteriza por negligência e maus-tratos dos profissionais com os usuários, incluindo a violação dos direitos reprodutivos, a peregrinação por diversos serviços até receber atendimento e aceleração do parto para liberar leitos, entre outros (Gomes, 2014Gomes, A. M. (2014). Such concept will help to identify and to face these situations. Dias, M. A., Domingues, R. M., Pereira, A. P., Fonseca, S. C., Gama, S. G., Theme, M. M. et al. Oliveira Gleica Sodré de, Paixão Gilvânia Patrícia do Nascimento, Fraga Chalana Duarte de Sena, Santos Maria Katiana Ricarte dos, Santos Magna Andrade. Violência institucional em maternidades públicas: hostilidade ao invés de acolhimento como uma questão de gênero. Disponible en: http://www.scielo. (2008). Pelo desejo de evitar esse sofrimento, a cesariana passa a ser uma possibilidade de fuga e de proteção da dignidade, já que o parto vaginal pode ser considerado degradante. esc. (2010). Lancet, 359(11), 1681-1685. doi:10.1016/S0140-6736(02)08592-6 https://doi.org/10.1016/S0140-6736(02)08... Porém, através da apresentação de dados superestimados de risco fetal, da interpretação da dor da gestante como uma exigência para a realização da cesárea, assim como a priorização das agendas e conveniências dos médicos, esses acabavam optando pela cesárea, contrariando o desejo das mulheres de terem um parto normal, especialmente no setor privado. obstet. 2016 [citado: 21 de enero del 2020]. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00151... http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v4i4.8... http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832009... https://doi.org/10.15253/2175-6783.20140... http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902008... http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012... http://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2002... http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232005... http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2004... https://doi.org/10.1016/S0140-6736(02)08... http://www.scielo.org.ve/scielo.php?scri... http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232008... » http://www.uel.br/eventos/gpp/pages/arquivos/GT3_Briena%20Padilha%20Andrade.pdf, » http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232008000500017, » http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232005000300019, » https://doi.org/10.1016/S0140-6736(02)08592-6, » http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00087813, » http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000700029, » http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00151513, » http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11108.htm, » http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_gestores_trabalhadores_sus_4ed.pdf, » https://saudenacomunidade.files.wordpress.com/2014/05/relatorio_pre_semestral_rede_cegonha_ouvidoria-sus_que-deu-a-notc3adcia-de-64-por-cento-sem-acompanhantes.pdf, » http://www.redehumanizasus.net/sites/default/files/caderno_humanizasus_v4_humanizacao_parto.pdf, » http://conitec.gov.br/images/Consultas/Relatorios/2015/Relatorio_PCDTCesariana_CP.pdf, » http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/134588/3/WHO_RHR_14.23_por.pdf, » http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v4i4.838, » http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832009000500011, » https://www.senado.gov.br/comissoes/documentos/SSCEPI/DOC%20VCM%20367.pdf, » http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/2016/2144_2016.pdf, » https://doi.org/10.15253/2175-6783.2014000200022, » http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2004000500022, » http://www.scielo.org.ve/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0048-77322013000300004, » http://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2002000200016, » http://observatoriointernacional.com/?p=732, » http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902008000300014, » http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/63167/1/WHO_FRH_MSM_96.24.pdf, » http://www.who.int/violence_injury_prevention/violence/world_report/en/introduction.pdf, Este é um artigo publicado em acesso aberto sob uma licença Creative Commons, VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL: UMA REVISÃO NARRATIVA. 2016 [citado: 21 de enero del 2020]; 8(1): 33-42. Serruya, S. J., Cecatti, J. G., & Lago, T. G. (2004). In. In Memorias Convención Internacional de Salud Pública, Cuba Salud 2012. Cad. Guía de práctica clínica. 2015[citado:17 de enero del 2021]; 19(8): 1020-1042. Aruna R. NATIONAL HEALTH PORTAL. Rev. php?script=sci_arttext&pid=S0864 -03192009000100004&lng=es. Violence against women in health care institutions: an emerging problem. Revista de Obstetricia y Ginecología de Venezuela , 73(3),171-180. Problemas de salud en la consulta de medicina de familia. Papalia 12a edicion (1) Desarrollo Humano. Assim como gerar evidências sobre a implementação e efetividade de intervenções com intuito de oferecer orientações técnicas aos profissionais de saúde e melhorar a qualidade da assistência (OMS, 2014). Download Free PDF View PDF. Disponible en: https://www.google. 0008.01.033-042, Andrea M, Patricia C, Nataly L, Dayra C. Proceso de atención de Enfermería en paciente con preeclampsia severa: reporte de caso. El nacimiento en Cuba: análisis de la experiencia del parto medicalizado desde una perspectiva antropológica. Resultados: Se ha considerado que los factores de riesgo para padecer de preeclampsia son pacientes primigestas 52, 8%, sociodemográfica 50,9%, unión estable 40,5% y la pobreza 1,74%. Essa recomendação está baseada em estudos que apontam que uma taxa maior que 15% não representa redução na mortalidade materna e tampouco melhores desfechos de saúde para a dupla mãe-bebê (Ministério da Saúde, 2001, 2014, 2015). Montevideo: CLAP/SMR; 2012. Acesso em 02 de agosto, 2016, em Acesso em 02 de agosto, 2016, em http://www.scielo.org.ve/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0048-77322013000300004 Essas práticas médicas apresentam uma incongruência com os preceitos que propõe a Medicina Baseada em Evidências (Rede Parto do Princípio, 2012). univ. Este artículo tuvo como objetivo realizar una revisión narrativa de los estudios sobre la violencia obstétrica. Diniz, S. G. & Chacham, A. S. (2006). Questões de saúde reprodutiva, 1(1), 80-91. , p. 80). Tablas (3) Tabla 1. Ao longo da história as mulheres vêm sendo vítimas de diversas formas de violência. consideran como tal, omitir la atención oportuna y eficaz de las emergencias obstétricas, obligar a la mujer a parir en posición supina y con las piernas levantadas, existiendo los medios necesarios para la realización del parto vertical, obstaculizar el apego precoz del niño o niña con su madre sin causa médica obstet. Da Violência institucional à rede materna e infantil: Desafios e possibilidades para efetivação dos direitos humanos e redução da mortalidade. Desde os anos 2000 foi proposta e instituída uma série de programas e políticas em saúde, entre os quais: o Programa de Humanização do Parto e Nascimento, a Política Nacional de Humanização - HumanizaSUS, a Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher, entre outros (Ministério da Saúde, 2014). 2016 Abr [citado: 18 de enero del 2020]; 20(4): 516-529. ) definem a violência contra mulheres nas instituições de saúde e discutem em maior detalhe sobre quatro tipos de violência: negligência (omissão do atendimento), violência psicológica (tratamento hostil, ameaças, gritos e humilhação intencional), violência física (negar o alívio da dor quando há indicação técnica) e violência sexual (assédio sexual e estupro). B. M. C. (2014). Universidad Inca Garcilaso De La Vega [citado 31 de enero de 2021; 1(15) Disponible: http://repositorio.uigv. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php? O “corte por cima” e o “corte por baixo”: o abuso de cesáreas e episiotomias em São Paulo. Esse cenário é considerado alarmante quando se leva em conta que a recomendação da Organização Mundial da Saúde - OMS (World Health Organization, 1996a) é de uma taxa de cesáreas que varie entre 10 a 15%. ; Leal et al., 2014Leal, M. C., Pereira, A. P., Domingues, R. M., Theme, M. M., Dias, M. A., Nakamura-Pereira, M et al. Da Violência institucional à rede materna e infantil: Desafios e possibilidades para efetivação dos direitos humanos e redução da mortalidade. In Cadernos Humaniza SUS - Volume 4: Humanização do parto e nascimento (pp. & Barbosa, R. (2012). In Cadernos Humaniza SUS - Volume 4: Humanização do parto e nascimento (pp. Conclusión: Las pacientes con preeclampsia deben ser atendidas desde un punto de vista interdisciplinario y biopsicosocial. Tal plano se deu a partir de uma reformulação no modo de organização dos serviços e relações entre os profissionais, através do trabalho em rede nos serviços de saúde e atenção à gestante e puérpera (Andrade & Ferreira, 2014Andrade, M. A. C. & Lima, J. ). Além disso, a alegria e a realização de estar com seu bebê e a sensação de tudo ter ocorrido bem, sem maiores intercorrências, diluem a percepção da violência sofrida no atendimento de saúde. Bryce A, Alegría E, Valenzuela G, Larrauri C, Urquiaga J, San Martín M. Hipertensión en el embarazo. (English), Text After reviewing published researches on the subject, we noted that there is no consensus about what obstetric violence is in Brazil, although evidences point that it happens. O “corte por cima” e o “corte por baixo”: o abuso de cesáreas e episiotomias em São Paulo. Nesse sentido, significa a apropriação dos processos reprodutivos das mulheres pelos profissionais da saúde, através de uma atenção mecanizada, tecnicista, impessoal e massificada do parto (Diniz, 2009Diniz, S. G. (2009). obstet. peru. Manejo de la eliminación urinaria (0590). Trata-se de modelo médico de atenção hegemônico que exerce controle dos conhecimentos do corpo humano e da sexualidade, nesse caso da mulher (Aguiar, 2010Aguiar, J. M. (2010). Isabel Osorio. (2008). ; Wolff & Waldow, 2008Wolff, L. & Waldow, V. (2008). peru. Fóruns perinatais no âmbito do Plano de Qualificação das Maternidades e das Redes Perinatais na Amazônia Legal e Nordeste (PQM). http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00151... ; Diniz & Chacham, 2006). (Orgs.). Em relação às intervenções realizadas durante o trabalho de parto, a pesquisa revelou que em mais de 70% das mulheres foi realizada punção venosa, cerca de 40% receberam ocitocina e realizaram aminiotomia (ruptura da membrana que envolve o feto) para aceleração do parto e 30% receberam analgesia raqui/peridural. O “corte por cima” e o “corte por baixo”: o abuso de cesáreas e episiotomias em São Paulo. php?script=sci_arttext& pid=S102930192 015000800012&lng=es, Dennisse D. Intervenciones de Enfermería en gestantes con preeclampsia. B. M. C. (2014). Questões como o acesso à saúde, a qualidade da assistência e a participação da mulher no processo de cuidado, considerando as informações repassadas às gestantes e seu consentimento (sobre a sua situação de saúde, as condutas e procedimentos com seus ganhos e riscos e ao seu direito de escolha frente a isto) e a garantia do direito de ter um acompanhante nesse processo devem ser foco de uma política de humanização do atendimento (Ministério da Saúde, 2008, 2014; Portaria n. 1.459/2011). ec%2Fbitstream% 2F123456789% 2F4176%2F1 %2FINTERVENCIONES% 2520DE%2520ENFERMER %25C3%258DA%2520EN %2520GESTANTES% 2520CON%2520 PREECLAMPSIA. World Health Organization - WHO. Violência institucional em maternidades públicas: hostilidade ao invés de acolhimento como uma questão de gênero. Sinalizar o conteúdo como inadequado. Do parto institucionalizado ao parto domiciliar. No final do século XX, também cresce o movimento da Medicina Baseada em Evidências, que busca basear os cuidados médicos em evidências científicas de eficácia e segurança dos procedimentos (Diniz & Chacham, 2006Diniz, S. G. & Chacham, A. S. (2006). Machala-Ecuador. (2014). [citado: 21 de enero del 2020]; Disponible en https://www.intramed.net/ contenidover.asp ?contenidoid=71958, Gómez L. Actualización en la fisiopatología de la preeclampsia: update. O “corte por cima” e o “corte por baixo”: o abuso de cesáreas e episiotomias em São Paulo. Download Free PDF View PDF. El nacimiento en Cuba: análisis de la experiencia del parto medicalizado desde una perspectiva antropológica.Revista Cubana de Salud Pública, 39(4), 718-732. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000700029 Ayuda con los autocuidados: baño/higiene ˜ (1801). O “corte por cima” e o “corte por baixo”: o abuso de cesáreas e episiotomias em São Paulo. Enferm. Esse número de intervenções foi considerado excessivo e não encontra respaldo científico em estudos internacionais (Leal et al., 2014Leal, M. C., Pereira, A. P., Domingues, R. M., Theme, M. M., Dias, M. A., Nakamura-Pereira, M et al. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento.Ciência & Saúde Coletiva, 10(3), 627-637. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232005000300019 Humanização da atenção ao parto e nascimento no Brasil: pressuposto para uma nova ética na gestão e no cuidado. El nacimiento en Cuba: análisis de la experiencia del parto medicalizado desde una perspectiva antropológica.Revista Cubana de Salud Pública, 39(4), 718-732. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000700029 Da Violência institucional à rede materna e infantil: Desafios e possibilidades para efetivação dos direitos humanos e redução da mortalidade. Partenon, Porto Alegre/RS, CEP: 90619-900. Armadilhas da nova era: natureza e maternidade no ideário da humanização do parto. (2012). (2002). (PT), Leal, M. C., Pereira, A. P., Domingues, R. M., Theme, M. M., Dias, M. A., Nakamura-Pereira, M et al. (2014). Brasília, DF: UECE/ Ministério da Saúde.). Daniela Cruz Moreno. Lancet, 359(11), 1681-1685. doi:10.1016/S0140-6736(02)08592-6 https://doi.org/10.1016/S0140-6736(02)08... 1), S17-S32. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00151513 Esse modelo de assistência tem como resultado a permanência de elevadas taxas de mortalidade materna e de morbidade perinatal, além de colocar o Brasil como país com as maiores taxas de cesárea no mundo (Pasche et al., 2010Pasche, D. F., Vilela, M. E. A., & Martins, C. P. (2010). http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00151513 Care in normal birth: a practical guide. Salud. Gomes, A. M. (2014). Brasília, DF: UECE/Ministério da Saúde.). https://doi.org/10.1590/ S0080-62342016 0000200020. ; Sanfelice et al., 2014Sanfelice, C., Abbud, F., Pregnolatto, O., Silva, M., & Shimo, A. Ipiranga, 6681, Prédio 11, Programa de Pós-graduação em Psicologia (PPGPsi), sala 931. LEI NACIONAL DE ADOÇÃO: AVANÇOS E RETROCESSOS. Gênero, saúde materna e o paradoxo perinatal. py/scielo.php?script =sci_arttext&pid =S2072-817420160001000 06&lng=en  https://doi.org/ 10.18004/rdn2016. Apesar de ser um direito garantido em lei (Lei do Acompanhante: Lei no 11.108/2005), a mulher não é esclarecida quanto à possibilidade de escolher seu acompanhante durante o trabalho de parto até o pós-parto imediato, por vezes havendo restrições quanto ao gênero, impossibilitando a escolha do marido, ou ainda é negada a companhia (Rede Parto do Princípio, 2012). glob. Perú. Related Papers. ) apontam que o momento do parto passa a ser encarado pelas mulheres como momento de medo e ameaça à vida, já que perdem seu papel de protagonistas, tornando-se frágeis e submetendo-se a tecnologias muitas vezes violentas. Disponible en: https://scielo. 1-4. org/10.4067/ S0034- 9887201400 0200004, Retamozo M. Causas Obstétricas Directas de Mortalidad Materna. Disponible en: https://www.recimundo. Humanização na atenção a nascimentos e partos: breve referencial teórico. No final do século XIX, inicia-se um processo de mudança por meio das tentativas de controle do evento biológico por parte da obstetrícia, que deixa de ser da esfera do feminino e passa a ser compreendido como uma prática médica (Sanfelice et al., 2014). Revista Estudos Feministas, 10(2), 483-492. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2002000200016 Situações que possam levar a complicações de saúde para mãe ou a criança são exceções a essa regra, e nesse momento deve ser avaliada a indicação de intervenções compatíveis com a segurança e os melhores desfechos de saúde (Diniz & Chacham, 2006). Hospital General de Ambato. obstet. Rev. Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual.Cadernos de Saúde Pública,30(Supl. 2014 [citado: 21 de enero del 2020]; 60(4): 321-332. Portanto, propõe-se um modelo onde o profissional de saúde esteja envolvido e corresponsável pelos processos de parto e nascimento (Lansky & Figueredo, 2014Lansky, S. & Figueredo, V. O. Continue Reading. Organização Mundial da Saúde - OMS. Download Free PDF. ; Leal et al., 2014Leal, M. C., Pereira, A. P., Domingues, R. M., Theme, M. M., Dias, M. A., Nakamura-Pereira, M et al. Do parto institucionalizado ao parto domiciliar. 1), S17-S32. In. Revista Tempus Actas Saúde Coletiva, 4(4), 105-117. http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v4i4.838 Tesis de Doctorado, Departament d'Antropologia, Filosofia i Treball Social, Universitat Rovira i Virgili, Tarragona, España. ). ). obstet. Segundo a Organização Mundial da Saúde (World Health Organization, 1996b), violência é a imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis. (2014). Segundo Tornquist (2002), o movimento teve como base as propostas realizadas pela OMS em 1985 que estimulavam o parto vaginal, a amamentação logo após o parto, o alojamento conjunto da mãe e do recém-nascido e a presença de acompanhante durante o processo. La EPS o Entidades Prestadoras de Salud, son empresas que promueven los servicios médicos a los trabajadores.Al estar afiliado a una EPS, el colaborador podrá contar con múltiples beneficios en diferentes centros de salud. (Portuguese), https://doi.org/10.1590/1807-0310/2017v29155043. Até o final do século XVIII, o parto era um ritual das mulheres, realizado nas casas das famílias com o acompanhamento de parteiras (Rattner, 2009Rattner, D. (2009). Enferm. Rev. Segundo o CFM (2016), dentre os motivos para implementação dessa medida estão o reconhecimento do direito cidadão da mulher e sua autonomia ao decidir, juntamente ao médico, pelas opções de tratamento, assim como a reafirmação da necessidade de esclarecer e proteger a população, informando o paciente com base na melhor evidência científica, nesse caso desmistificando temores em relação ao parto e assegurando o direito da mulher de escolher a via de parto, sendo necessária concordância entre o médico e a gestante, a explicitação do desejo da mesma e a assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pela dupla, onde constem as informações anteriormente prestadas pelo médico, assim como as vantagens e desvantagens potenciais da operação. Reposiciona-se a mulher enquanto dona do seu corpo e de sua sexualidade, que possui um corpo capaz de gestar e de parir, capaz de ter seus filhos com o apoio e mediação de outras mulheres (enfermeiras, obstetrizes, doulas). Rev. Neste modelo tecnocrático, a mulher deixou de ser protagonista, cabendo ao médico a condução do processo (Pasche et al., 2010; Sanfelice et al., 2014; Wolff & Waldow, 2008Wolff, L. & Waldow, V. (2008). 4(1), 229-235. Brasília, DF: UECE/Ministério da Saúde.). Download. Tal conceituação auxiliará na identificação e enfrentamento dessas situações. Disponible en: http://www.scielo.org.pe/ scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S2304 513220140004 00008&lng=es, Gutiérrez J, Díaz J, Santamaría A, Sil P, Mendieta H, Herrera J. Asociación de factores de riesgo de preeclampsia en mujeres mexiquenses. Rev. 4 Editorial Artigo internacional. Serruya, Cecatti e Lago (2004Serruya, S. J., Cecatti, J. G., & Lago, T. G. (2004). ; Rattner, 2009Rattner, D. (2009). Violence against women in health care institutions: an emerging problem. Download Free PDF View PDF. referem diferentes estudos que buscaram entender a preferência das mulheres brasileiras pelo parto cesáreo e esses mostraram que a maioria das mulheres declarava preferência pelo parto vaginal. Quito: Subsecretaria Nacional de Vigilancia de la salud Pública; 2020. ). 2016 [citado: 21 de enero del 2020]; 81(4):330-342. Related Papers. Por ejemplo, las muertes causadas por afecciones no obstétricas como las cardiopatías (incluyendo hipertensión pre-existente), afecciones endócrinas, gastrointestinales, del sistema nervioso central, respiratorias, genitourinarias, trastornos autoinmunes, trastornos psiquiátricos, neoplasias e infecciones que no derivan directamente del embarazo, TBC, VIH-SIDA, malaria, … gob.ec%2Fwpcontent %2Fuploads%2F2014%2F05 %2FATENCION-DEL- PARTO-POR-CESAREA.pdf& usg=AOvVaw0B-U GP5REMn DvCPcNqsN8P, Reyes K. Morbimortalidad materna en síndrome de Hellp.